Primavera Gaúcha no Streaming!

A Primavera Gaúcha ganha uma nova etapa. Até o dia 17 de dezembro, o público poderá conferir os filmes na plataforma de streaming Sulflix , todos com acesso gratuito. O endereço é www.sulflix.com.br

 

A Primavera Gaúcha reúne 20 títulos produzidos no Rio Grande do Sul e que são representativos da nossa cinematografia, seja por questões históricas, temáticas, de gênero ou trajetória premiada. A proposta é dar visibilidade e oferecer conhecimento sobre elementos da cultura do sul do Brasil, além de destacar a trajetória de diferentes diretores e sua produção geracional.

Confira os períodos de exibição:

de 18 de novembro a 17 de dezembro

ANAHY DE LAS MISSIONES

de 18 de novembro a 17 de dezembro

O HOMEM QUE COPIAVA

de 18 de novembro a 17 de dezembro

O CÁRCERE E A RUA

de 18 de novembro a 17 de dezembro

ANTES QUE O MUNDO ACABE

de 8 a 17 de dezembro

MORRO DO CÉU

de 18 de novembro a 17 de dezembro

EM TEU NOME

de 18 de novembro a 17 de dezembro

WALACHAI

de 18 de novembro a 17 de dezembro

A ÚLTIMA ESTRADA DA PRAIA

de 18 de novembro a 17 de dezembro

CONTOS GAUCHESCOS

de 18 de novembro a 17 de dezembro

AS AVENTURAS DO AVIÃO VERMELHO

de 18 de novembro a 17 de dezembro

PONTO ZERO

de 8 a 17 de dezembro

RIFLE

de 8 a 17 de dezembro

MULHER DO PAI

de 18 de novembro a 17 de dezembro

CIDADE DOS PIRATAS

de 13 a 17 de dezembro

O CASO DO HOMEM ERRADO

dias 16 e 17 de dezembro

BIO – CONSTRUINDO UMA VIDA

de 18 de novembro a 17 de dezembro

YONLU

de 3 a 17 de dezembro

A CABEÇA DE GUMERCINDO SARAIVA

Programação - Primavera Gaúcha

Exibições na Cinemateca Paulo Amorim (r dos Andradas, 736)
Sala Eduardo Hirtz, às 19h.
Entrada franca

www.cinematecapauloamorim.com.br

21 de Setembro | quinta-feira

ANAHY DE LAS MISSIONES

22 de Setembro | sexta-feira

O HOMEM QUE COPIAVA

23 de Setembro | sábado

O CÁRCERE E A RUA

24 de Setembro | domingo

ANTES QUE O MUNDO ACABE

26 de Setembro | terça-feira

MORRO DO CÉU

27 de Setembro | quarta-feira

EM TEU NOME

28 de Setembro | quinta-feira

WALACHAI

29 de Setembro | sexta-feira

A ÚLTIMA ESTRADA DA PRAIA

30 de Setembro | sábado

CONTOS GAUCHESCOS

1 de outubro | domingo

AS AVENTURAS DO AVIÃO VERMELHO

3 de outubro | terça-feira

PONTO ZERO

4 de outubro | quarta-feira

RIFLE

5 de outubro | quinta-feira

MULHER DO PAI

6 de outubro | sexta-feira

CIDADES FANTASMAS

7 de outubro | sábado

O CASO DO HOMEM ERRADO

8 de Outubro | domingo

BIO – CONSTRUINDO UMA VIDA

10 de Outubro | terça-feira

YONLU

11 de Outubro | quarta-feira

TINTA BRUTA

12 de Outubro | quinta-feira

CIDADE DOS PIRATAS

13 de Outubro | quinta-feira

A CABEÇA DE GUMERCINDO SARAIVA

Quem Somos

Conheça os responsáveis pela Mostra Especial Primavera Gaúcha 2023

PRIMAVERA GAÚCHA - O Projeto

PRIMAVERA GAÚCHA é um projeto idealizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine), e que foi viabilizado com recursos de uma emenda parlamentar do deputado federal gaúcho Ubiratan Sanderson. A concepção foi na gestão 2019-2022 e traz uma proposta construída a partir de muitas trocas  e sugestões, seja com as entidades do cinema gaúcho e também com gestores da cultura. Depois de um pré-lançamento na Expotchê, em Brasília, em junho de 2023, a Primavera Gaúcha estreia na estação do ano que empresta seu nome à mostra.

A proposta é celebrar e divulgar a produção audiovisual gaúcha para novos territórios e públicos, a partir de um conjunto de atividades que inclui mostra itinerante e exibição em plataforma de streaming, publicação de um livro com a filmografia dos longas gaúchos, criação

de um site e auxílio financeiro para que realizadores gaúchos participem de eventos de mercado e festivais. Todo o programa se estrutura em torno de 20 longas-metragens representativos do cinema feito no Rio Grande do Sul desde o período que se convencionou chamar de Retomada do Cinema Brasileiro, sendo que o conjunto aborda questões históricas, temáticas, de gênero ou trajetória  premiada. A intenção é dar visibilidade e oferecer conhecimento sobre elementos da cultura do sul do Brasil, bem como apresentar a multiplicidade da produção cinematográfica do estado. Também houve a preocupação em destacar a trajetória de diferentes diretores e sua produção geracional, a partir de seus filmes mais relevantes.

“A Primavera Gaúcha tem como proposta trazer um novo público para estes títulos tão significativos da produção audiovisual do Rio Grande do Sul. Algumas produções já têm mais de duas décadas de lançamento e seguem sendo uma referência da nossa filmografia, assim como acessamos obras mais contemporâneas que são um recorte simbólico das nossas narrativas e que merecem ser difundidas. Fica o convite para voltarmos às salas de cinema e celebrarmos este período tão importante do nosso setor”, destaca a diretora do Iecine, Sofia Ferreira.

“Sabemos da força e da importância do setor audiovisual gaúcho para a nossa cultura e a indústria criativa. A Primavera Gaúcha vem reforçar o compromisso da Secretaria de Estado da Cultura de apoiar essa produção, por meio de ações de fomento e de políticas públicas que contribuam para que o cinema gaúcho seja cada vez mais potente e representativo”, reforça a Secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo.

OS FILMES - PRIMAVERA GAÚCHA 2023

Brasil (RS-SP)

Longa-metragem | Ficção

35 mm, cor, 115 min

 

Direção: Sérgio Silva.

Companhia produtora: M. Schmiedt Produções (Porto Alegre).

 

No Rio Grande do Sul atingido pela Revolução Farroupilha (1835-1845), uma mulher de personalidade forte tenta sobreviver à guerra, ao lado dos quatro filhos – Solano, Teobaldo, Luna e Leonardo. No rastro da destruição causada pelos embates entre farroupilhas (revolucionários) e caramurus (legalistas, defensores do Império brasileiro), Anahy recolhe os fragmentos dos combates e negocia-os diretamente com soldados de ambos os lados. O objetivo é fazer dinheiro sem se comprometer com nenhuma bandeira.  A situação, porém, se complica quando Teobaldo decide se unir aos farrapos, ao mesmo tempo em que novos personagens se incorporam à dinâmica, como é o caso de Picumã, afilhada de um antigo conhecido. Épico histórico, Anahy de las Misiones é baseado em lenda sobre uma mascateira que vivia dos escombros nas guerras cisplatinas. Outra inspiração para o roteiro foi a peça Mãe coragem e os seus filhos (1941), do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956). O filme está inserido no contexto da Retomada do Cinema Brasileiro, expressão que designa o período de reerguimento da produção após a extinção da Embrafilme, em 1990. É o primeiro longa em 35 mm de Sérgio Silva (1945-2012), professor de arte dramática e realizador que vinha de premiada carreira como curta-metragista. Filmado em Uruguaiana, Caçapava e Cambará do Sul, o projeto teve orçamento de R$ 2,3 milhões. O grande elenco reproduz o dialeto falado na época e tem como destaque Araci Esteves, grande dama do teatro gaúcho, no papel-título.

 

Elenco: Marcos Palmeira, Dira Paes, Araci Esteves, Fernando Alves Pinto, Giovanna Gold, Claudio Gabriel, Matheus Nachtergaele, Ivo Cutzarida, Paulo José, Leverdógil de Freitas.

 

Roteiro: Sérgio Silva, Gustavo Fernández, com colaboração de Tabajara Ruas. Produção executiva: Monica Schmiedt. Direção de produção: Gisele Hiltl. Direção de fotografia: Adrian Cooper. Direção de arte e cenografia: Luiz Fernando Pereira. Figurino: Luiz Fernando Pereira, Rudge Schwertner, Rosane Gonçalves. Maquiagem: Luiz Carlos Jamonot. Som: Valéria Ferro. Música: Celso Loureiro Chaves. Montagem: Juan Carlos Macias. Coprodução: Quanta; Consórcio Europa Severiano Ribeiro (Barueri, SP). Produção associada: Monica Schmiedt; Gisele Hiltl / Producers – NGM (Porto Alegre);

Brasil (RS-RJ)

Longa-metragem | Ficção

35 mm, cor, 125 min

 

Direção: Jorge Furtado.

Companhia produtora: Casa de Cinema de Porto Alegre (Porto Alegre).

 

André é um rapaz humilde, que mora com a mãe e trabalha como operador de fotocopiadora em uma livraria de Porto Alegre. Ele se apaixona pela vizinha, Sílvia, uma garota de 18 anos que desconhece a sua difícil situação financeira. Disposto a conquistar a sua pretendente, o jovem começa a falsificar dinheiro, iniciando uma sequência de situações tragicômicas, que envolvem ainda amigos e colegas de serviço. Responsável pelo roteiro e pela direção, Jorge Furtado trabalha dentro de um sofisticado esquema de enigmas, pontuado por relatos dentro de relatos, pontos de vista inusitados, jogos de duplo sentido e muitas referências (que incluem quadrinhos, Teixeirinha e William Shakespeare). Foram filmadas cenas em lugares icônicos como a Livraria Bayadeira, na qual André usa a fotocopiadora para reproduzir as notas falsas; a ponte do lago Guaíba, que banha a cidade; e a região do 4º Distrito, área histórica, industrial e portuária, afastada do centro urbano e raramente vista no audiovisual gaúcho até então. O ator principal Lázaro Ramos foi uma escolha pessoal de Furtado, que havia se encantado com sua atuação em Madame Satã (Karim Aïnouz, 2002). O Homem que copiava obteve mais de 20 prêmios nacionais e internacionais, destacando-se os obtidos no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2004: melhor filme (o primeiro para um longa gaúcho na história do evento), roteiro original, direção, montagem, ator coadjuvante (Cardoso) e atriz coadjuvante (Piovani).

 

Elenco: Lázaro Ramos, Leandra Leal, Luana Piovani, Pedro Cardoso, Carlos Cunha Filho, Júlio Andrade, Paulo José, Renata de Lélis, Sérgio Lulkin, Janaina Kremer.

 

Roteiro: Jorge Furtado. Produção executiva: Nora Goulart, Luciana Tomasi. Direção de fotografia: Alex Sernambi. Direção de arte: Fiapo Barth. Figurino: Rosângela Cortinhas. Maquiagem: Nina Empinotti. Som: Cristiano Scherer. Música: Leo Henkin. Montagem: Giba Assis Brasil. Coprodução: Sony Corporation of America-Columbia Pictures-Columbia TriStar; Quanta Porto Alegre; Globo Filmes (Rio de Janeiro).

Brasil (RS)

Longa-metragem | Não ficção

35 mm, cor, 80 min

 

Direção: Liliana Sulzbach.

Companhia produtora: Zeppelin Filmes (Porto Alegre).

 

O documentário O Cárcere e a rua acompanha três personagens em momentos de transição entre a prisão e a liberdade, na Penitenciária Feminina Madre Pelletier, a maior instituição do Rio Grande do Sul voltada ao encarceramento de mulheres. São histórias de dor, violência, medos, buscas e incertezas frente à necessidade de readaptação. O filme foi realizado entre outubro de 2001 e abril de 2004, num arco de tempo que permitiu acompanhar acontecimentos e mudanças de estados emocionais. A diretora, Liliana Sulzbach, é formada em jornalismo e ciência política, e também foi responsável pelos premiados curtas A Invenção da infância (2000) e A Cidade (2012). O projeto foi financiado através de fomentos da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre e do Fundo de Apoio a Documentários do Instituto Sundance.

 

Identidades: Cláudia Maria Rullian, Betânia Fontoura da Silva, Daniela Caldeira Cabral.

 

Roteiro: Liliana Sulzbach, Angela K. Pires. Produção: Annette Bittencourt, Everson Colossi Nunes, José Pedro Goulart, Ricardo Baptista da Silva. Produção executiva: Liliana Sulzbach. Direção de fotografia: Sadil Breda. Música: Nico Nicolaiewsky. Montagem: Angela K. Pires.

BR (RS)

Longa-metragem | Ficção

35 mm, cor, 100 min

 

Direção: Ana Luiza Azevedo.

Companhia produtora: Casa de Cinema de Porto Alegre (Porto Alegre).

 

Antes que o mundo acabe é o primeiro filme de longa-metragem dirigido por Ana Luiza Azevedo, experiente profissional do mercado audiovisual, que já acumulava grande experiência como roteirista, assistente de direção ou diretora de curtas, médias e especiais de TV. A ficção gira em torno da amizade de Daniel, Mim e Lucas, três adolescentes que dividem as expectativas sobre o futuro, enquanto vivem o último ano do ensino médio, na Pedra Grande, no interior gaúcho. Quando Daniel recebe uma carta do pai que não conhece, um novo universo se abre diante dos seus olhos. Esse homem é um fotógrafo que trabalha na Tailândia, em um projeto de registrar imagens de pessoas, comunidades e tradições em via de desaparecimento. O filme aborda relações familiares, abandono, companheirismo, responsabilidade, disputa e aceitação tendo como pano de fundo o prazer e a insegurança das primeiras paixões. A trilha sonora, com direção musical de Leo Henkin e edição de som de Tiago Bello, valoriza artistas locais. Canções de Apanhador Só, Pública e Os The Darma Lóvers ambientam muitas cenas. Exibido no II Festival Paulínia de Cinema (2009), ganhou os prêmios de direção, fotografia, direção de arte, figurino, trilha sonora, além do prêmio da crítica de melhor filme.

 

Elenco: Pedro Tergolina, Eduardo Cardoso, Bianca Menti, Caroline Guedes, Janaina Kremer, Eduardo Moreira, Murilo Grossi, Irene Brietzke, Carlos Cunha Filho, Mirna Spritzer, Sérgio Lulkin.

 

Roteiro: Paulo Halm, Ana Luiza Azevedo, Jorge Furtado, Giba Assis Brasil, adaptado do livro de Marcelo Carneiro da Cunha. Produção executiva: Nora Goulart, Luciana Tomasi. Direção de fotografia: Jacob Solitrenick. Direção de arte: Fiapo Barth. Cenografia: Rita Faustini. Figurino: Rosângela Cortinhas. Maquiagem: Britney Federline. Som direto: Rafael Rodrigues. Música: Leo Henkin. Montagem: Giba Assis Brasil. Produção associada: Quanta.

BR (RS)

Longa-metragem | Não ficção

HD, cor, 70 min

 

Direção: Gustavo Spolidoro.

Companhia produtora: GusGus Cinema (Porto Alegre).

 

Esse documentário exibe a vida numa região bucólica da serra gaúcha entre o final de 2008 e início de 2009. O local retratado é uma pequena localidade de imigração italiana chamada Morro do Céu. O protagonista é um rapaz de 16 anos, chamado Bruno Storti. O garoto tem o seu cotidiano registrado através das lentes da câmera, interagindo com a família, os amigos e a comunidade. Seja pela familiaridade com o ambiente ou pelo gesto simples de olhar para os personagens em suas circunstâncias, o resultado é um filme em que os tempos vazios e contemplativos se transformam em poesia visual. Morro do Céu foi um dos projetos selecionados, entre mais de 600, financiado pelo Programa DocTV em 2008, da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e da rede de TVs públicas para fomento e exibição de documentários brasileiros. A versão cinematográfica ampliada foi exibida no 37º Festival de Cinema de Gramado, em 12 de agosto de 2009, em mostra não competitiva. Em 2017, Bruno Storti morreria em um acidente de trânsito, aos 24 anos.

 

Identidades: Bruno Storti, Joel Storti, Geni Storti, Raul Storti, Daian Lazzarini, Maquelen Falcade, Bruno Bortoncelo, Irene Roncato Scussel, Rodrigo Rebelatto, Zemile Guindani, Alexandre Valasco (Rádio Encanto FM).

 

Roteiro: Gustavo Spolidoro, Bruno Carboni, Patrícia Dias Goulart e os personagens. Produção executiva: Patrícia Dias Goulart. Direção de fotografia e som direto: Gustavo Spolidoro. Montagem: Bruno Carboni. Realização: DocTV IV: TV Brasil; TV Cultura Fundação Padre Anchieta (São Paulo); ABEPEC Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais; SAV Secretaria do Audiovisual / MinC Ministério da Cultura / Governo Federal – Brasil; DocTV RS: TVE RS Fundação Cultural Piratini.

Brasil (RS)

Longa-metragem | Ficção

HD, cor, 100 min

 

Direção: Paulo Nascimento.

Companhia produtora: Accorde Filmes (Porto Alegre).

 

No início dos anos 1970, Boni, um estudante de engenharia, entra na luta armada contra a ditadura militar que havia se instalado no Brasil. Entre conflitos e convicções, o militante é preso e expulso do país. Cecília, sua namorada, vai encontrá-lo no exílio e os dois passam a viver em outros países, como Chile, Argélia e França, constantemente alimentando o sonho de voltar para casa, algum dia. Em teu nome… é uma adaptação do livro Verás que um filho teu não foge à luta (1989), de João Carlos Bona Garcia. Gaúcho natural de Passo Fundo, ele efetivamente viveu aventuras semelhantes às apresentadas na tela. As filmagens foram realizadas em Paris, Casablanca, Santiago, na Cordilheira dos Andes e em Porto Alegre, num projeto arrojado da produtora Accorde Filmes. Exibido no 37º Festival de Cinema de Gramado, em 2009, o filme ganhou o prêmio especial do júri, melhor direção (ex aequo Vincent Carelli, por Corumbiara), ator para Leonardo Machado e trilha musical.

 

Elenco: Leonardo Machado, Fernanda Moro, Nelson Diniz, César Troncoso, Silvia Buarque, Julia Feldens, Marcos Verza, Sirmar Antunes, Mario Lorca, Gilberto Perin, Jeffersonn Silveira.

 

Roteiro: Paulo Nascimento, baseado em relatos de fatos reais narrados por João Carlos Bona Garcia. Produção: Marilaine Castro da Costa, Paulo Nascimento. Produção executiva: Marilaine Castro da Costa. Direção de fotografia: Roberto Laguna. Som direto: André Sittoni. Direção de arte: Voltaire Danckwardt. Figurino: Marcia Matte. Maquiagem: Baby Marques. Música: André Trento, Renato Müller. Montagem: Marcio Papel. Coprodução: Tropical Storm Entertainment (CA, US); Lumiere HD.

Brasil (RJ-RS)

Longa-metragem | Não ficção

digital, cor, 85 min

 

Direção: Rejane Zilles.

Companhia produtora: Zilles Produções (Rio de Janeiro); Okna Produções (Porto Alegre).

 

Documentário que retrata a localidade de Walachai (pronuncia-se valarrai) e comunidades próximas. São povoados do sul do Brasil onde descendentes de imigrantes alemães tem como língua corrente um antigo dialeto que já se perdeu na Alemanha de origem. Localizada a 70 km de Porto Alegre, esta pequena localidade resiste à passagem do tempo, em contraste com a vida urbana moderna. Em alemão, Walachai significa lugar longínquo. Muitos de seus habitantes nunca aprenderam a falar português. O lugar preserva uma cultura própria, que agrega outros povoados de nomes singulares, como Jammerthal, Batatenthal, Padre Eterno e Frankenthal. Walachai não é um filme sobre uma comunidade alemã. É antes de tudo sobre o inusitado que habita este lugar. A diretora Rejane Zilles nasceu nesta região e lá passou toda a sua infância, vindo a aprender outro idioma apenas aos 7 anos de idade, ao ingressar na escola. Ela já havia dirigido o curta O Livro de Walachai (2007, 16 min).

 

Identidades: Benno Wendling, Paula Wendling, Iria Klaus, Lídio Klaus, Silvane Klaus, Querino Klein, Ita Liane Klein, Canizio Kuhn, Elicio Kuhn, Eloi Joãozinho Kuhn, Glaci Elisabetha Kuhn, Edio Francisco Kuhn, Jacintha Büttenbender (Walachai).

 

Roteiro: Rejane Zilles. Produção: Rejane Zilles, Aletéia Selonk. Produção executiva: Aletéia Selonk, Graziella Ferst. Direção de fotografia: Juliano Lopes. Som direto: Cleber Neutzling. Música: Felipe Radicetti. Montagem: Daniela Ramalho. Coprodução: Traquitana Filmes (Rio de Janeiro); Artesanato Digital.

Brasil (RS)

Longa-metragem | Ficção

HD, cor, 93 min

 

Direção: Fabiano de Souza.

Companhia produtora: Rainer Cine (Porto Alegre); Okna Produções (Porto Alegre).

 

A Última estrada da praia capta a melancolia do Rio Grande do Sul em meio ao inverno, num road movie que é uma jornada de descobertas para todos os personagens. A história acompanha três jovens adultos, Léo, Norberto e Paula, que iniciam uma viagem de carro pelo litoral gaúcho. No caminho, eles se deparam com um estranho homem silencioso, para quem oferecem carona. Enquanto o trio explora as possibilidades de um relacionamento não monogâmico, o quarto elemento lida com os seus próprios demônios interiores. Filmado em 15 dias, com a leveza de uma câmera na mão, o projeto se transformou em longa a partir de um episódio sobre o romance O Louco do Cati (1941) que a produtora Clube Silêncio produzia para a série Escritores gaúchos (2007) da RBS TV. Ao ser lançado no 38º Festival de Cinema de Gramado, em 2010, o filme foi apresentado pela Rainer Cine, empresa criada com a dissolução da antiga produtora. O longa conta com a participação especial de José Carvino da Silva, projecionista, distribuidor (Dipa Filmes) e técnico cinematográfico conhecido como Seu Camilo por gerações de cineastas. Ele interpreta o gerente de uma sala de cinema que abre o espaço para a exibição de um filme, durante uma madrugada. A trilha sonora intercala nomes como Belchior e Nei Lisboa.

 

Elenco: Rafa Sieg, Miriã Possani, Marcos Contreras, Marcelo Adams, Daniel Bacchieri, Daniel Colin, Aline Grisa, Girley Paes, Sirmar Antunes, José Carvino da Silva Camillo, Carolina Sudati.

 

Roteiro: Fabiano de Souza, Vicente Moreno, adaptado de O Louco do Cati, de Dyonelio Machado. Produção: Aletéia Selonk, Gilson Vargas, Milton do Prado. Produção executiva: Aletéia Selonk. Direção de fotografia: André Luís da Cunha. Direção de arte: Adriana Nascimento Borba. Maquiagem: Baby Marques. Música: Arthur de Faria. Som direto: Gabriela Bervian. Montagem: Milton do Prado. Desenho de som: Tiago Bello, Alexandre Kumpinski.

Brasil (RS), cor, 101 min

Longa-metragem | 5 episódios | Não ficção e ficção

 

Direção: Henrique de Freitas Lima (ficção), Pedro Zimmermann (não ficção).

Companhia produtora: Cinematográfica Pampeana (Porto Alegre).

 

Contos gauchescos – Simões Lopes Neto nas telas é a reunião de cinco segmentos audiovisuais, que incluem o documentário[01/05] Simões Lopes Neto entre o real e o imaginado e mais quatro curtas de ficção, denominados [02/05] Os Cabelos da China, [03/05] Jogo do osso, [04/05] Contrabandista e [05/05] No manantial. Pedro Zimmermann assina a parte de não ficção, enquanto Henrique de Freitas Lima responde por todo o resto. As histórias possuem focos variados: Os Cabelos da China aborda amizade e amores brutos; Jogo do osso acompanha uma aposta que beira uma tragédia; Contrabandista mostra a aventura de um pai para dar à filha um vestido decente; No manantial apresenta tropeiros lidando com assombrações. O projeto sofreu várias modificações, sendo inicialmente concebido como uma série de TV, que passou na RBS TV (2013) e TVE (2014). A reunião do material no formato de longa-metragem não impediu que os curtas ganhassem exibições isoladas. Publicadas pela primeira vez em 1912, as 18 histórias que compõem os Contos Gauchescos, de João Simões Lopes Neto (1865-1916) constituem o sumo da cultura e dos costumes do Rio Grande do Sul.

 

Elenco: [01/05] Wagner Vargas, Pedro Machado, [02/05] Leonardo Machado, Juliana Thomaz, [03/05] Evandro Soldatelli, Renata de Lélis, Tiago Real, [04/05] Nelson Diniz, Ingra Lyberato, [05/05] Rafael Tombini, Sissi Betina Venturin, João França.

 

Roteiro: Henrique de Freitas Lima (ficção), Pedro Zimmermann (não ficção). Produção: Gina O’Donnell, Fernando Marques. Direção de fotografia: Eduardo Amorim. Direção de arte: Adriana Nascimento Borba. Cenografia: Fernanda Valente, Rodrigo Schlee. Efeitos especiais: José Crespo. Maquiagem: Miguel Costi, Nancy Marignac. Som direto: Leandro Lefa, Aloysio Compasso, Rafael Siqueira, Rodrigo Panassolo. Música: Sérgio Rojas. Montagem: Cesar Custodio. Desenho de som: Marcos de Aguirre. Produção associada: Apema Locação de Equipamentos de Produção Cinematográfica.

Brasil (RS)

Longa-metragem | Animação

cor, 72 min

 

Direção: Frederico Pinto, José Maia.

Companhia produtora: Armazém de Imagens (Porto Alegre); Okna Produções (Porto Alegre).

 

As Aventuras do Avião Vermelho é uma adaptação animada do livro homônimo de Erico Verissimo (1905-1975), publicado na década de 1930, época em que autor produziu várias obras infantojuvenis. É a história do menino Fernandinho, uma criança inquieta, solitária e com dificuldades na escola, que é órfão de mãe e tem um pai ausente. Ele ganha um livro de presente, sobre o Capitão Tormenta e o Avião Vermelho, capaz de libertar sua imaginação, fazendo-o embarcar em um mundo de fantasia, no qual finalmente pode ser feliz. Dentro desse universo alternativo, o garoto tem a companhia de dois amigos: um urso de pelúcia corajoso, sem nome, e um boneco de madeira, chamado Chocolate. Eles vão do fundo do mar até a lua, passando por vários desafios. O filme levou dez anos para ser realizado, inicialmente com técnicas analógicas e depois agregando recursos digitais, como cenários 3D. 15 desenhistas de diferentes partes do Brasil colaboraram no projeto. O roteiro teve de ser adaptado para os dias de hoje, uma vez que o texto original era de 1936 e não mencionava novidades como videogame e telefone celular. Um dos destaques é o time de dubladores, que inclui nomes como Milton Gonçalves (1933-2022) e Lázaro Ramos. O orçamento total estimado foi de cerca de R$ 3 milhões.

 

Elenco (vozes): Milton Gonçalves, Lázaro Ramos, Wandi Doratiotto, Zezeh Barbosa, Sérgio Lulkin, Pedro Yan, Fernando Alves Pinto, Aletéia Selonk, Sirmar Antunes, José Maia, Álvaro RosaCosta.

 

Roteiro: Camila Gonzatto, Emiliano Urbim, Frederico Pinto, a partir da obra de Erico Verissimo. Produção: Aletéia Selonk, Camila Gonzatto, Frederico Pinto. Produção executiva: Aletéia Selonk, Lisiane Cohen. Direção de arte: Moa Gutterres. Música: Everton Rodrigues. Montagem: Kiko Ferraz. Produção associada: Teleimage (São Paulo).

Brasil (RS)

Longa-metragem | Ficção

HD, cor, 88 min

 

Direção: José Pedro Goulart.

Companhia produtora: Mínima (Porto Alegre).

 

Ponto zero observa o mundo em desconstrução de um introspectivo garoto de 14 anos. Vivendo o turbilhão emocional do início da adolescência, Ênio desperta sexualmente sob os escombros do colapsado casamento de seus pais. Virgílio, um radialista brutalizado e indiferente à família, despreza o filho. A mãe, sem nome, está devastada pelo desinteresse do marido e pelo vácuo familiar. Ela projeta no filho um consolo impossível. A angústia de Ênio se acentua na relação conflituosa com colegas de escola e se expressa em uma combinação poética e trágica de imagens, sons e palavras que conferem originalidade ao longa. O poema épico A Divina comédia, de Dante Alighieri, serviu como referência para propor camadas de significação aos personagens. O diretor, José Pedro Goulart, pertence à geração que modernizou o cinema gaúcho na década de 1980, através de filmes como O Dia em que Dorival encarou a guarda (codireção: Jorge Furtado, 1986). Ele ajudou a fundar e trabalhou nas produtoras Casa de Cinema de Porto Alegre, Zeppelin e Mínima. O título do filme tem a ver com o momento anterior à explosão de energia cósmica que deu origem ao universo, o Big Bang.

 

Elenco: Sandro Aliprandini, Patrícia Selonk, Eucir de Souza, Larissa Tavares, Nicolas Conceição, Thiago Ruffoni, Camila Vergara, Giulia Perillo, Lisandro Bellotto, Luciana Domiciano.

 

Roteiro: José Pedro Goulart. Produção: José Pedro Goulart, Aletéia Selonk. Produção executiva: Aletéia Selonk. Direção de fotografia: Rodrigo Graciosa. Direção de arte: Valeria Verba. Figurino: Adriana Nascimento Borba. Maquiagem: Rosana Antunes. Som direto: Gabriela Bervian. Música: Leo Henkin. Montagem: Federico Brioni. Desenho de som: Kiko Ferraz, Chrístian Vaisz. Coprodução: Okna Produções (Porto Alegre); Teleimage (São Paulo); CiaRio Centro de Infraestrutura Audiovisual (Rio de Janeiro). Produção associada: Cubo Filmes (Porto Alegre).

Brasil (RS) – Alemanha [Deutschland]

Longa-metragem | Ficção

HD, cor, 88 min

 

Direção: Davi Pretto.

Companhia produtora: Tokyo Filmes (Porto Alegre).

 

Após a boa recepção da crítica e dos festivais pelo filme Castanha (2014), Davi Pretto procura em Rifle revisitar a tradição campeira do sul a partir de experimentações narrativas e estéticas que refletem sobre a figura do gaúcho. Dione vive na fazenda de uma pequena família numa região rural e remota do extremo sul do país. Ele namora a filha do patrão e trabalha como peão, cuidando dos animais e da propriedade. Tudo está em paz até que o representante de um fazendeiro rico aparece dizendo que pretende comprar aquelas terras. Ao sair com seu rifle pelos campos, acaba se encontrando com uma lenda dos pampas: Mariano, temido ladrão de gado que parece fazer justiça com as próprias mãos. O filme foi exibido no Forum da 67ª Berlinale e ganhou os prêmios de melhor roteiro e desenho de som no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2016, assim como melhor filme de longa-metragem pela ABRACCINE, neste mesmo festival.

 

Elenco: Dione Avila de Oliveira.

 

Roteiro: Davi Pretto, Richard Tavares. Produção e produção executiva: Paola Wink. Direção de fotografia: Glauco Firpo. Direção de arte: Richard Tavares. Figurino, Maquiagem: Juliane Senna, Richard Tavares. Som direto: Marcos Lopes. Música: Davi Pretto, Marcos Lopes, Tiago Bello. Montagem: Bruno Carboni. Desenho de som: Tiago Bello, Marcos Lopes. Coprodução: Autentika Films (Berlin); Casa de Cinema de Porto Alegre (Porto Alegre); Gogó Conteúdo Sonoro (Porto Alegre).

Brasil (RS) – Uruguay

Longa-metragem | Ficção

DCP, cor, 94 min

 

Direção: Cristiane Oliveira.

Companhia produtora: Okna Produções (Porto Alegre); Transparente Filma (Montevideo).

 

Em uma pequena comunidade próxima à fronteira do Brasil com o Uruguay, uma relação entre pai e filha se transforma. Ele é Ruben, um homem de 40 anos que ficou cego ainda jovem. Ela é Nalu, uma adolescente de 16 anos que está se tornando mulher. Eles precisarão aprender a se tratar como pai e filha depois da morte de Olga, mãe de Ruben. O afeto que surge entre ambos entra em conflito quando Rosario, uma atraente uruguaia, ganha espaço em suas vidas. Mulher do pai é o primeiro longa-metragem escrito e dirigido por Cristiane Oliveira, com uma abordagem sensível sobre relações familiares e as muitas fronteiras geográficas, pessoais e afetivas que se estabelecem entre pai, filha e uma professora estrangeira em um pequeno vilarejo no sul do Brasil. Lançado internacionalmente na mostra Generation 14-plus no 67º Berlin International Film Festival, em 2017, Mulher do pai participou de outros 21 festivais nacionais e internacionais, obtendo amplo reconhecimento, com 18 premiações.

 

Elenco: Maria Galant, Marat Descartes, Verónica Perrotta, Amélia Bittencourt, Áurea Baptista, Fabiana Amorim, Jorge Esmoris, Liane Venturella, Diego Trinidad, Renan Goulart.

 

Roteiro: Cristiane Oliveira. Produção: Aletéia Selonk, Cristiane Oliveira, Diego Fernández Pujol. Produção executiva: Graziella Ferst, Gina O’Donnell, Gabriel Richieri. Direção de fotografia: Heloisa Passos. Direção de arte: Adriana Nascimento Borba. Figurino: Coca Serpa. Maquiagem: Nancy Marignac. Som direto: Raúl Locatelli. Música: Arthur de Faria. Montagem: Tula Anagnostopoulos. Desenho de som: Ricardo Reis. Coprodução: Locall; JKL (São Paulo); Cinecolor Digital (São Paulo); Crisol Filmes (Porto Alegre).

Brasil (RS)

Longa-metragem | Não ficção

HD, cor, 71 min

 

Direção: Tyrell Spencer.

Companhia produtora: Galo de Briga Filmes (Porto Alegre); Casa de Cinema de Porto Alegre (Porto Alegre).

 

Humberstone (Chile), Fordlândia (Brasil), Epecuén (Argentina) e Armero (Colômbia). Quatro diferentes biomas. Deserto chileno, Amazônia brasileira, Andes colombianos e Pampa argentino. Quatro destinos na América Latina caracterizados pelas ruínas e pelo silêncio. Alguns de seus antigos moradores ainda guardam na memória o que viveram ali e, através de relatos mais intimistas, evocam lembranças de um passado que não querem esquecer. Da combinação entre a memória viva dos depoimentos, com fotos de arquivo e as imagens captadas pela câmera do fotógrafo Glauco Firpo – que percorre vagarosa os espaços vazios – resulta uma melancólica poesia sobre a ação contínua e implacável do tempo. Cidades fantasmas venceu o 22° Festival É Tudo Verdade 2017 na competição brasileira de longas e médias-metragens.

 

Identidades: Guillermo Contreras, Maria Moscoso Dávallos (Humberstone), João Batista Leite, Assis Ribeiro, Expedito Brito (Fordlândia), José Antonio Rubio, Claudia Ramirez, Esperanza Fierro (Armero), Alberto Ruggeri, Norma Berg, Pablo Novak (Epecuén).

 

Roteiro: Carolina Silvestrin, Guilherme Soares Zanella, André Luís Garcia. Produção: Glauco Urbim. Produção executiva: Nora Goulart. Direção de fotografia: Glauco Firpo. Som direto: Gabriela Bervian. Música: Leo Henkin. Montagem: Germano de Oliveira. Coprodução: Globo Filmes (Rio de Janeiro); GloboNews (Rio de Janeiro).

Brasil (RS)

Longa-metragem | Não ficção

cor, 78 min

 

Direção: Camila de Moraes.

Companhia produtora: Praça de Filmes (Porto Alegre).

 

Em 14 de maio de 1987, em Porto Alegre, Júlio César de Melo Pinto saiu de casa, caminhou 425 passos e na confusão do assalto a um mercado próximo, teve um ataque de epilepsia. Em seguida, foi algemado, levado e executado pela polícia militar. Camila de Moraes tinha apenas um mês de vida quando seu tio foi morto por ser negro. O Caso do homem errado relata um dos episódios mais vergonhosos da polícia do Rio Grande do Sul e denuncia a violência e o preconceito contra pessoas negras. A expressão “homem errado” foi manchete nos jornais na época em que o processo de responsabilização do estado foi levado aos tribunais e engajou o Movimento de Justiça e Direitos Humanos. O filme denuncia o genocídio dos negros e, ao mesmo tempo, tem a qualidade narrativa do suspense, já que havia dificuldade em estabelecer a circunstância exata do crime para provar a culpa da polícia pelo assassinato. Formada em jornalismo Camila já tinha experiência no curta-metragem e a realização deste documentário a insere na escassa filmografia de mulheres negras diretoras no cinema brasileiro. Produzido pela Praça de Filmes, foi fotografado e montado por Maurício Borges de Medeiros num processo colaborativo de roteirização com Camila e a produtora Mariani Ferreira. O filme foi exibido no 45º Festival de Cinema de Gramado e premiado no 9º Festival Internacional de Cine Latino, Uruguayo y Brasileiro em Punta del Este.

 

Identidades: Luiz Francisco Correa Barbosa, Ronaldo Bernardi, Renato Dornelles, João Carlos Rodrigues, Paulo Ricardo de Moraes, Waldemar Moura Lima, Jair Krischke, Romeu Karnikowski, Edilson Nabarro, Vera Daisy Barcellos, Paulo Antônio da Costa Corrêa, Aline Kerber, Juçara Pinto.

 

Roteiro: Camila de Moraes, Mariani Ferreira, Maurício Borges de Medeiros. Produção e produção executiva: Camila de Moraes, Mariani Ferreira. Direção de fotografia: Maurício Borges de Medeiros. Som direto: Cleverton Borges. Música: Rick Carvalho. Montagem: Maurício Borges de Medeiros.

Brasil (RS)

Longa-metragem | Ficção

HD, cor, 105 min

 

Direção: Carlos Gerbase.

Companhia produtora: Prana Filmes (Porto Alegre).

 

Nascido em 1959 e morto em 2070, um homem tem uma patologia especial que não o permite mentir. Depois de sua morte, amigos e membros de sua família se reúnem para relembrar acontecimentos especiais pelos quais passaram juntos e que montam um interessante retrato da biografia do rapaz. Bio é um filme ficcional que se apresenta como um documentário sobre um sujeito sem nome, que nunca entra em cena. A única fonte de informação sobre o protagonista são os depoimentos de 39 personagens que relatam momentos, experiências, brigas, amores e memórias que tiveram com ele. O filme foi exibido no Festival de Gramado, em 2017, ganhando três Kikitos: melhor desenho de som e o prêmio especial do júri assim como melhor filme pelo júri popular.

 

Elenco: Carla Cassapo, Artur José Pinto, Roberto Salerno de Oliveira, Mateus Almada, Nadya Mendes, Marco Ricca, Leo Ferlauto, Branca Messina, Júlio Conte, Girley Paes, Werner Schünemann, Felipe de Paula, Luiza Ollé, Carlos Cunha Filho, Felipe Kannenberg, Deborah Finocchiaro, Fredericco Restori, Luciano Mallman, Zé Victor Castiel, Fernanda Carvalho Leite, Charlie Severo, Bruno Torres, Rosanne Mulholland, Maria Fernanda Cândido, Maitê Proença, Tainá Müller, Sheron Menezzes.

 

Roteiro: Carlos Gerbase. Produção e produção executiva: Luciana Tomasi. Direção de fotografia: Bruno Polidoro. Direção de arte: Bernardo Zortea. Figurino: Rosângela Cortinhas. Maquiagem: Britney Federline. Som direto: Fernando Efron, Fábio Baltar Duarte. Música: Augusto Stern, Fernando Efron. Montagem: Milton do Prado. Desenho de som: Augusto Stern, Fernando Efron. Coprodução: Bunker Sound Design (Porto Alegre).

Brasil (RS)

Longa-metragem | Ficção

HD, cor, 88 min

 

Direção: Hique Montanari.

Companhia produtora: Container Filmes (Porto Alegre); Prana Filmes (Porto Alegre).

 

Yonlu é um filme de ficção baseado na história real de Vinicius Gageiro Marques, conhecido pelo pseudônimo “Yoñlu”, um garoto de 16 anos que, com a ajuda da internet, conquistou o mundo com seu talento para a música e para a arte. Com recursos de animação criados por James Zortéa e uma trilha sonora que ressalta um sentido sensorial, o filme retrata o protagonista de forma poética, resgata suas criações, procura recriar e entender o imaginário que o levou a construir de forma prematura uma obra artística e uma rede de amigos virtuais que viriam a potencializar o seu suicídio. O filme ganhou o Prêmio Abracine Associação Brasileira de Críticos de Cinema, na 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo 2017, “por construir uma narrativa que busca soluções criativas, no esforço em se comunicar com o público jovem e abordar temas delicados como a depressão e o suicídio”.

 

Elenco: Thalles Cabral, Nelson Diniz, Lorena Lorenzo, Rodrigo Waschburger, Anderson Salles, Victória Sanguiné, Áquila Mattos, Douglas Florence, Fredericco Restori, Liane Venturella, Leonardo Machado, Mirna Spritzer.

 

Roteiro: Hique Montanari. Produção e produção executiva: Luciana Tomasi. Direção de fotografia: Juarez Pavelak. Direção de arte: Gilka Vargas, Iara Noemi. Figurino: Anelisa Telles. Maquiagem: Baby Marques. Som direto e desenho de som: Gabriela Bervian. Música: Nando Barth.  Canções: Yonlu. Montagem: Alfredo Barros.

Brasil (RS)

Longa-metragem | Ficção

cor, 118 min

 

Direção: Filipe Matzembacher, Marcio Reolon.

Companhia produtora: Avante Filmes (Porto Alegre).

 

Filme referencial para conhecer o cinema gaúcho e a novíssima geração que emergiu das faculdades de cinema durante a década de 2010, Tinta bruta é o segundo longa-metragem da parceria entre Filipe Matzembacher e Marcio Reolon (Beira-mar, 2015). O filme conta a história de Pedro, um jovem que possui o codinome Garoto Neon e que se apresenta no escuro do seu quarto para milhares de anônimos, através da internet. Com o corpo coberto de tinta, ele realiza performances eróticas na frente da webcam. Ao descobrir que outro rapaz está copiando sua técnica, Pedro decide ir atrás dele. Em meio a estes acontecimentos, também responde a um processo criminal e precisa lidar com a mudança da sua irmã, que está deixando Porto Alegre para ir viver na Bahia. Com uma estética e narrativa que remetem a cultura queer e que abordam a temática LGBTQI+, o filme alcançou amplo reconhecimento em festivais internacionais, entre os quais se destacam a estreia mundial no 68º Berlin International Film Festival 2018, onde recebeu o Teddy Award for best queer feature film and CICAE Prize; e o Premio Maguey para melhor filme no 33º Guadalajara International Film Festival, 2018.

 

Elenco: Shico Menegat, Bruno Fernandes, Guega Peixoto, Sandra Dani, Frederico Vasques, Denis Gosch, Camila Falcão, Kaya Rodrigues, Áurea Baptista, Gabriela Greco, Larissa Sanguiné, Zé Adão Barbosa, Janaina Kremer, Eleonora Loner, Marcelo Restori, Marcio Reolon, Rodolfo Ruscheinsky.

 

Roteiro: Filipe Matzembacher, Marcio Reolon. Produção: Filipe Matzembacher, Jessica Luz, Marcio Reolon. Produção executiva: Jessica Luz. Direção de fotografia: Glauco Firpo. Direção de arte: Manuela Falcão. Cenografia: Yara Balboni. Figurino: Maíra Flores. Maquiagem: Juliane Senna. Som direto: Marcos Lopes. Música: Felipe Puperi. Montagem: Germano de Oliveira. Desenho de som: Marcos Lopes, Tiago Bello. Coprodução: Besouro Filmes (Porto Alegre).

Brasil (RS)

Longa-metragem | Animação

DCP, cor-pb, 84 min

 

Direção: Otto Guerra.

Codireção: Marco Arruda.

Companhia produtora: Otto Desenhos Animados (Porto Alegre).

 

Inspirado nos quadrinhos da cartunista Laerte, Cidade dos piratas narra uma dupla jornada de transição da artista Laerte e do diretor Otto Guerra. Laerte anuncia em 2010 a sua transição de gênero e decide deixar os seus personagens Piratas do Tietê; o personagem-diretor Otto se questiona: como fazer um filme sobre os piratas se a própria criadora dos protagonistas renega sua criação? Nesta mescla entre realidade e ficção, o personagem Otto cai em uma espiral descendente caótica e irrefreável misturando piratas insanos, um poeta incansável, labirintos, minotauro, políticos autoritários, sua equipe de animação insatisfeita com a bagunça generalizada, gerando assim uma sucessão de acontecimentos anárquicos. O filme levou mais de 25 anos para ser concluído, período que se estende da ideia inicial de Otto Guerra até seu lançamento. A lenta gestação acabou trazendo Laerte para dentro do processo de produção. Assim, a luta pela livre identidade de gênero torna-se um dos motes do roteiro escrito pelo cineasta com Rodrigo John, Tomás Creus e Gilmar Rodrigues.

 

Elenco (vozes): Matheus Nachtergaele, Marco Ricca, Marcos Contreras, Luis Ramos, Antonio Carlos Falcão, Marcia Caspary, Otto Guerra, Laerte Coutinho, Marta Machado, Gabriel Ditelles, Sepé de los Santos, Marco Arruda, José Maia, Alexandre Missel. Identidades: Laerte Coutinho.

 

Roteiro: Rodrigo John, Laerte Coutinho, Otto Guerra, Tomás Creus, Gilmar Rodrigues, baseado na obra original de Laerte. Produção: Elisa Rocha, Marta Machado, Sara Soares, Otto Guerra, Erica Maradona, Juliana Costa, Juliane Fossatti. Produção executiva: Elisa Rocha, Marta Machado. Direção de arte: Pilar Prado, Otto Guerra, André Rodrigo Maeda Porto, Officce Internet Inteligente. Som: Augusto Stern, Cristiano Scherer, Daniel Sasso, Ivan Lemos, Rodrigo Rheinheimer (gravação de dublagem). Música: Matheus Walter, Tiago Abrahão. Montagem: Marco Arruda. Desenho de som: Marcos Lopes, Tiago Bello, Rita Zart, Rodrigo Rheinheimer.

Brasil (RS)

Longa-metragem | Ficção

cor, 95 min

 

Direção: Tabajara Ruas.

Companhia produtora: Walper Ruas Produções (Porto Alegre).

 

Gumercindo Saraiva foi um caudilho do Partido Libertador que teve a cabeça cortada pelos legalistas durante a Revolução Federalista que marcou o sul do Brasil entre 1893 e 1894. A degola era símbolo de domínio sobre o inimigo e a cabeça do comandante maragato foi levada como troféu para o então presidente da província, Júlio de Castilhos. Esse fato sobre o qual existem muitas versões se tornou uma lenda e inspirou Tabajara Ruas a escrever a novela Gumercindo (2015) que depois adaptou para o cinema. Em A Cabeça de Gumercindo Saraiva, Ruas segue construindo um olhar de exaltação e reflexão sobre a figura do gaúcho. Filmado nas regiões de São Francisco de Paula, Canela, nas missões jesuíticas e nos canyons de Cambará do Sul, o filme acentua a paisagem sul-rio-grandense em grandes planos que junto com a trilha sonora de Celau Moreyra conferem um tom épico para a obra.

 

Elenco: Murilo Rosa, Leonardo Machado, Sirmar Antunes, Marcos Verza, Marcos Pitombo, Allan Souza Lima, Rodrigo Ruas, Pedro de Oliveira, Marcos Breda, Rogério Beretta, Luciano Teixeira, Mariana Catalane, Dani Fogliatto, Carol Scortegagna, Mislaine Oliveira, Suzi Martinez, Marcello Crawshaw, Bruno Krieger, Igor Silveira, Guilherme Suman.

 

Roteiro: Tabajara Ruas, baseado na obra Gumercindo, de Tabajara Ruas. Produção: Ligia Walper, Tabajara Ruas. Produção executiva: Ligia Walper. Direção de fotografia: Alexandre Berra. Direção de arte: Eduardo Antunes. Figurino: Carol Scortegagna. Maquiagem: Rosana Antunes. Som direto e desenho de som: Gabriela Bervian. Música: Celau Moreyra. Montagem: Ligia Walper.

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